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Terapia não é sobre criar uma versão "perfeita" de si mesmo

O processo terapêutico oferece um espaço seguro para explorar aspectos de si mesmo que talvez não sejam fáceis de encarar. É uma oportunidade única para mergulhar profundamente em nós mesmos, longe de julgamentos e pressões externas, onde é possível explorar medos, inseguranças, padrões de comportamento e até mesmo partes de nossa história que podem ter sido reprimidas ou ignoradas. Esses aspectos, embora desafiadores, são fundamentais para compreendermos quem realmente somos.

Quando evitamos encarar essas partes de nós mesmos, criamos barreiras internas que dificultam nossa conexão com a autenticidade. Esse distanciamento pode levar a um sentimento de desconexão, tanto com nós mesmos quanto com os outros, além de perpetuar ciclos de sofrimento ou insatisfação.

A terapia nos ensina a olhar para essas partes com gentileza e curiosidade, em vez de julgamento ou crítica. É um caminho para reconhecer nossa humanidade em toda a sua complexidade, abrindo portas para a cura, crescimento e uma vida mais plena e alinhada com nossos valores.

Portanto, terapia também é sobre aprender a se acolher, mesmo nos momentos de erro e imperfeição, encontrando uma maneira mais viável e gentil de existir no mundo. Sendo assim, o objetivo não é "corrigir" quem você é, mas desenvolver uma visão mais realista e generosa sobre si mesmo. 

A terapia ajuda a aceitar suas vulnerabilidades e limitações, reconhecendo que elas são partes legítimas de quem você é. A prática do autoconhecimento traz uma nova perspectiva: ela permite que você se perceba como um "todo", com aspectos que podem ser trabalhados e outros que podem apenas ser aceitos. 

Uma abordagem gentil e honesta cria espaço para a verdadeira transformação. Afinal, a mudança genuína não nasce da aversão por si mesmo, mas da disposição de caminhar lado a lado com suas complexidades.


 
 

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